terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Fim de ano

Era virada de ano de 2012 para 2013. Uma pequena turma de amigos se reunia na minha casa. Sem rumo, sem dinheiro sobrando, resolvemos fazer festa com um Reveillon mais simples. Esquenta e depois pro local escolhido.

Eu me sentia incomodada com 2 quilos a mais e decidi usar um trapinho em vez de roupas de Reveillon.

Algo em mim me dizia que não era hora de novas roupas, era hora de despedida. Uma amiga preparava drinks, eu queria muitos drinks, mas meio copo começou a me deixar acabada. Será que não comi direito?
Cheguei no local da festa vendo tudo triplicado. Socorro, estou muito fraca para bebidas. Comecei a beber só água. Virou o ano. Nem vi. Abraça todo mundo. Ah, 2013 precisa ser diferente. Vou dançar muito hoje! Comecei a beber novamente. Que saco, tô fraca, mais água.

Já estávamos suados de tanto dançar, gritar e de repente a festa acabou. Já??? A gente continua. Somos felizes demais. Estou acabada e bebi mais água que álcool. Estou velha?

Não. Eu estava grávida e não sabia.

E logo em janeiro de 2013 o ano se transformou. Até o dia 2 de setembro eu vi o ano passar por contagem de semanas e não de meses. Foi rápido. Alice chegou e já mudou minha vida inteira.

Hoje acaba o ano. Mas não tenho aquela sensação de recomeço, de despedida, de metas.
É que já foi. É que o novo já chegou. É que agora não tem mais volta. É que agora sou mãe.
Agora pode terminar ano e começar ano que a vida é uma só.
Completei o que faltava.

E você?


                                        20 dias X 3 meses. Daqui pra frente é só pra frente.

Posted via Blogaway

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Pra você que vai parir

Tantas pessoas grávidas e perto de ganhar neném (algumas até já ganharam)....

Passei tantas coisas desde que Alice nasceu. Fiquei esgotada, reclamei, acalmei e, baseado na MINHA experiência, quero falar algumas coisas pra você que vai parir:

- Não se preocupe se por acaso você não sentir um amor grande de primeira ao olhar o bebê. Não se preocupe se o cansaço for mais forte do que a alegria. Não se preocupe se odiar que outras pessoas peguem seu bebezinho recém saído de você. Não se preocupe. Sinta tudo que tiver de sentir. Vai passar.

- Peça ajuda para alguém cuidar da sua casa. E não recuse ajuda se ver que existem pessoas que REALMENTE querem ajudar. Sua vida nesses primeiros dias é amamentação e bebê.

- Não acredite assim, de primeira, que seu leite é insuficiente. Deixe o bebê pendurado no peito. Fique sozinha com o bebê nas primeiras mamadas. Peça para alguém pedir para aquelas visitas que aparecem sem avisar voltar outra hora. Não acredite que te digam que bebês fazem peito de chupeta. No começo, quanto mais ele mamar, sugar, ou ficar pendurado sem fazer nada no seu peito, mais leite você terá. Deixe chazinhos e fórmulas tipo NAN pra lá. SÉRIO, VOCÊ TEM LEITE.

- Nem todo choro será de fome. Nem todo choro será de cólica. Mas todo choro merece ter o colinho da mãe, do pai ou da vó que está ajudando. Não invista e nem deixe seu bebê com um bico de borracha. Invista em pessoas para lhe ajudar com colo. E prepare-se: seu beber irá chorar muito e não faltarão pessoas e pediatras para dizer que é fome e cólica.

- Repito: deixe de lado palpites como "está fazendo seu peito de chupeta". Sucção é também uma forma de acalmar bebês e você é MÃE. Mães têm o poder de passar não só leite, mas também segurança, e conseguem deixar seus filhos calminhos com o mamá. Hoje o bebê fica quase 2 horas seguidas pendurado no peito. Amanhã, só meia hora. Depois de amanhã, só 5 minutos. Semana que vem, tá na faculdade e você poderá sorrir pensando: eu curti MUITO e não me arrependo.

- Quando você sentir que quer dar uma pausa na vida, pra voltar a sair com amigos, sinta sem culpa. Vai passar.

- Quando você não se aguentar de sono e começar a chorar, chore. Alguma mágica acontece e um dia você se acostuma, no outro dia desacostuma e depois se acostuma de novo.

- Nos momentos mais difíceis pense: vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar, vai passar,...

- De repente, como se fosse de um dia para o outro, do nada, tudo muda e começa a ficar melhor, mesmo que na próxima semana desande novamente, na outra melhora mais ainda.

- Seu bebê está de fralda limpa, alimentado, sem frio, sem calor, mas ainda chora no carrinho? Dê colo, o peito, já falei! Esqueça aqueles conselhos de que vai ficar manhoso, peloamordedeus, esqueça. Ele deve ter cansado de olhar só pra um lugar, de ficar só naquela posição e depende 100% de você para resolver isso. Pegue no colo e dê uma voltinha. Pronto. Passou.

- Em alguns dias você não vai conseguir fazer nada. Não vai comer direito, casa bagunçada, xixi acumulado e um bebê que necessita da sua atenção o dia todo. Provavelmente você vai se estressar e será raro alguém lhe oferecer ajuda, mas será comum te falarem que é preciso deixar o bebê chorando para ser independente. O que eu acho? Acho que a gente não ama os filhos apenas postando fotos no Facebook com legendas carinhosas, ou repetindo que amor de mãe é infinito. A gente ama os filhos tentando entender suas necessidades e abrindo mão das nossas. Amamos os filhos através das dificuldades superadas. Acredite, dar colo é maravilhoso, mesmo com dor nas costas. Então, aceite seu estresse, reclame das dificuldades, e veja, você tem nos braços o que mais desejou em toda sua vida.

- Bebês não são capazes de nos manipular. Mas são capazes de pedir ajuda através de choros, já que não sabem falar.

- Comece a aceitar que sua vida mudou. Aos poucos o prazer da nova vida vai aparecendo. Assuma seus medos e encare a realidade!

- Por fim, confie em você.

E agora a gente começa a se entender.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

3 meses de Alice

Alice fechou seu primeiro trimestre aqui fora em 2/12/13.

Esses dias eu estava no supermercado e vi uma mulher segurando um bebezinho com menos de 15 dias. Como era pequenininho! Olhei pro carrinho, Alice estava grandona perto desse neném. Nem vi o tanto que ela cresceu. Já não é mais recém nascida e eu não tinha percebido! Suas cólicas desapareceram com pouco mais de 2 meses e nunca mais voltaram. O rostinho mudou bastante. Ri o tempo todo e é uma tagarela. Começou a dar pequenas gargalhadas. Continua amando colo, apesar de passar mais tempo brincando no carrinho enquanto comemos, ou descansamos os braços e a coluna. Agora tá com a mania de tampar o rostinho ao mamar. Continua mamando só no peito e em livre demanda. Começou a dormir melhor durante o dia e a noite. Mas sempre acorda de madrugada pra mamar e às vezes chega a acordar de 2 em 2 horas. Nas últimas semanas tem feito bastante cocô. Faz todo dia e várias vezes por dia. Trocou aqueles choros sofridos por reclamações e gritos.

Tudo tem melhorado. 
Tem dias que é só alegria e tem dias que ainda me sinto muito cansada. 

Curto cada momento.
Tem dias que sinto falta da liberdade, do trabalho, de dormir bem (acho que é a maior saudade), de dançar, de me aventurar ( beber com amigas, sair sem hora pra voltar, ser apenas namorada do Marco Túlio), de ficar à toa... De MUITA coisa!

Apesar dessas saudades, é incrível como ficamos ligadas às nossas crias. Não consigo nem ir ao banco sem pensar em como ela está lá no carro com o pai. Acontece também dela dormir mamando e eu adiar por vááários minutos a ida pro berço só pra curtir seus detalhes no meu colo.

O rumo da vida mudou, as metas diárias são outras. 3 meses vivendo a realidade boa e nada fácil que tanto sonhei. Não que seja difícil cuidar de um bebê, pelo contrário, pra mim desde o primeiro dia dela de nascida eu já sabia tudo o que fazer (tirando momentos que fui fragilizada por palpites, inclusive de pediatras, que acabaram deixando meu instinto de lado e abrindo espaço para pequenos desesperos). A questão é que é bastante cansativo, pois um bebê demanda cuidados o tempo todo.

Engraçado... nunca na vida me senti tão realizada com um cansaço.
Geralmente vou pra casa da minha mãe almoçar e fico lá até de noitinha. Quando isso não acontece e somos apenas eu e Alice aqui em casa, então não como direito, não dá pra escovar dentes direito, ir ao banheiro, colocar roupa apresentável, etc. Fico estressada em alguns dias, dolorida e até me sentindo solitária em alguns momentos. Mas ao mesmo tempo é gratificante, realizador. Não dá pra explicar. Passo horas deixando ela mamar, fazer o peito de chupeta, como dizem, sem o menor arrependimento e sem achar que eu vou "estragar" minha filha. Uma entrega total! Uma entrega tão grande que nem o pai pode proporcionar, esta é a realidade (claro que o pai também tem as entregas dele, mas não dá pra comparar com a da mãe, não dá).


Que a saúde continue com a gente! O resto, dá pra segurar as pontas (mas, assim, pode começar a dormir umas 6 ou 8 horinhas seguidas de noite, tá Alice? Só pra gente ver como é, ter uma noçãozinha, contar pras amigas, essas coisinhas, tá?)

Oi, tenho 1 dia de vida aqui fora

Oi, agora tenho 3 meses de vida aqui fora!

Converso com girafas

Adoro dormir no colo do meu pai

Adoro observar as coisas enquanto espero um arroto

Agora sempre tampo meu rostinho ao mamar

QUE SUSTO!!! Quase que eu durmo 5 minutos seguidos.




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Positivo?

E a segunda listrinha foi aparecendo. Foi aparecendo rapidamente. Não dá para descrever o que senti, mas tinha desespero e felicidade no meio.
Meu Deus, deu positivo.


Não, não tô grávida de novo. Mas tem tanta gente engravidando que a saudade  deste momento que escrevi acima bateu forte. Este foi o meu primeiro positivo importante da vida. Positivo em boletim de escola não era nada além de alívio pra não repetir de ano. Não havia outro significado mais importante. Positivo na faculdade, me formei, e daí? Era apenas uma obrigação e não um sonho.

E a barriga foi crescendo... Quantas saudades...

                                                                 2 meses de Alice

                                                   Alice bem discreta aqui dentro

                                             Alice aparecendo

                                              Criando sua forma

                                                  E mudando a minha forma

                         Chutava teclado no meu trabalho

                             Como foi bom e cansativo trabalhar grávida!


                                                                 E ela crescia mais

                                         Ela existia dentro de mim

                                                  Ô se existia!

E porque era bom, foi rápido. E foi tão rápido, que não vi o tanto que era bom.

                                     Era ela mesmo dentro de mim?

Volta, Alice.
Volta pra eu entender melhor e curtir mais. Volta pra eu tomar as vacinas e sentir as reações por você. Volta pro meu ventre e eu terei as cólicas no seu lugar.


Ou fica. Fica e vamos juntas enfrentar essa vida. Está sendo bom!











domingo, 3 de novembro de 2013

E a Baby fez 2 meses

Mais um mês completo nessa aventura de mãe. Alice fez 2 meses no dia 2/11, mesmo dia do meu aniversário de 27 anos.
Pra mim, se o primeiro mês foi super rápido, esse segundo demoroooooooooooou! Acho que é porque falam tanto que depois dos 3 meses os bebês passam a dormir mais, que acabei ficando ansiosa pro tempo passar rápido e ela começar a dormir mais. E quando ficamos ansiosa pro tempo passar rápido, o tempo não passa.

Resumo dos 2 meses:

Alice
- Apresentou uma melhora nas dormidas. Teve uma noite que dormiu 4 horas seguidas!!! E eu acordei 2 vezes pra ver se tava tudo bem. Depois ela voltou a dormir só 2 horas. Depois dormiu 3 horas seguidas. Ainda é cedo pra falar que ela mudou a rotina de dormidas, ela deve estar quase começando uma nova rotina. Mas de dia quase não dorme. Quando dorme e a coloco no berço, em 5 a 15 minutos ela acorda. Ou seja, passa o dia no carrinho (um pouco) e no colo (muito).
- Passou dos 5 quilos.
- Ri o tempo todo. Acorda rindo de manhã.
- Não gosta de sair a noite. Não gosta de ficar de colo em colo. Sempre estressa e sobra pra mãe aqui ter que acalmar em casa.
- Ama o colo do pai.
- Continua mamando só no peito (estamos conseguindo!!).
- No geral, tem poucas cólicas. Às vezes só tem 1 vez na semana. Mas tem incômodos com gases e fica remexendo e gemendo.
- Parou de fazer cocô todo dia. Será que é normal?
- Já foi num casamento, mas só na igreja, não tive coragem de levar pra festa.
- Conversa o tempo todo! ahh ahh, ehh ehh, uhh uhh, gáá, gáá, uuuuia, ueee, ueee
- É muito observadora.
- E sempre que vai chegando a noite, ela fica agitada, luta contra o sono, não sabe se mama, se chora ou se olha as coisas ao redor.
- Odeia que encostem nela enquanto mama. E não gosta muito que eu converso.
- Tá com as coxas gordas e cheias de celulites, super bonitinho.

A mãe
- Tive desidratação e passei umas horinhas no hospital, longe dela e me deu muita agonia e saudade.
- Devo estar no mesmo peso de quando engravidei, mas ainda assim as roupas estão todas apertadas, o que me torna uma mãe "pirigueti". Fui num casamento com um vestido que antes já era curtinho e apertado, então eu tava me sentindo uma mulher fruta, porque minha bunda não diminuiu e eu tô com "105 de bundinha que bunitinha". Se eu fosse loira, poderia ser a nova loira do Tcham!
- Tô com as coxas cheias de celulites, mas nada bonitinho. MORTE às celulites em mães!
- A barriguinha pós parto é melhor do que eu pensava. Eu morria de medo dela, mas não é tão aterrorizante. Só que não tenho musculatura nenhuma e continuo achando que meus órgãos estão soltos dentro de mim.
- Cortei o cabelo. Tinha criado ódio pelo cabelão.
- Comecei a dormir com frequência durante quase todas as mamadas, até durante o dia. Algumas vezes dormi por mais de hora. Quando isso acontece, acordo, olho pra baixo e tá lá nos meus braços a Alice também dormindo de bocona aberta com leite escorrendo.
- Tem dias que o cansaço é menor. Mas tem dias que tô morta, morta, morta. Isso porque continuo indo pra minha mãe todas as tardes pra ela me ajudar com um colo (minha coluna agradece), troca de fralda (aí eu sento um pouco e fecho os olhos), banho (aí eu tomo banho também).
- Ler blogs pelo celular virou minha companhia durante as mamadas, quando tô acordada. Tô adorando! Me sinto mais forte ao ver outras mães que passam o mesmo que eu e as outras que já superaram.
- E o dia que eu não tiver mais olheiras, me acharei estranha.

E vamos para mais um mês!

53 dias de Alice fora da barriga

Sorriu!

Dia de modelo. Fotinhas feitas por mim.

Deu sono...

Refrescando.

Família



sábado, 19 de outubro de 2013

Foco, Força e Fé porque agora você é MÃE!

Sempre critiquei as pessoas que postam fotos em frente ao espelho, no banheiro ou na academia, com a tag #focoforcaefe. Ou quando as pessoas postam fotos com aqueles suplementos alimentares, saladinha de tomate e alface e a legenda é: foco, força e fé.

Não, pessoas, não. Vocês estão fazendo isso errado. Totalmente errado. Foco, força e fé pra ganhar massa muscular? Pra perder peso e postar fotinha de biquine na lancha do amigo riquinho?

                       VOCÊS SIMPLESMENTE NÃO SABEM O QUE É MATERNIDADE!

Vocês não sabem o que é trabalho de parto, não sabem o que é não dormir por mais de 2 horas e não sabem o que é amamentação. Não sabem o que é raiva e amor num mesmo minuto. Não sabem.

Se existe um momento da vida em que precisamos de ter foco, força e fé é na maternidade (e para alguns, na paternidade). Quando eu lia que ser mãe é abrir mão de várias coisas, é ficar sem dormir e é entrega, eu achava lindo e imaginava algo suave, mas não, é REALMENTE se entregar TOTALMENTE para um pequeno ser que precisa de você para viver. Vocês estão entendendo a gravidade da coisa? Um bebê precisa de você para VIVER. Olha o tamanho da responsabilidade. Olha o tamanho da culpa que nos atinge em alguns momentos por não termos feito algo direito.

Foco, força e fé pra ficar bem sem dormir
Depois que a Alice nasceu, a partir da sua terceira semana de vida, eu NUNCA MAIS, repito, NUNCA MAIS, dormi por mais de 2 horas, 2 horas e meia. Isso porque nas 2 primeiras semanas o máximo eram 3 horas seguidas de sono. Seja de dia, seja de noite, o ritmo é este. E uma pessoa com sono, cansada, sem dormir, não é uma pessoa normal. Minha grande sorte é que eu tenho minha mãe durante a semana para me ajudar e eu poder fazer xixi, cocô, escovar dentes, comer, tomar um banho melhor e tirar 2 sonecas no horário que a Alice dorme, pra tentar recuperar alguma energia. E nos fins de semana, tem o Marco Túlio, que também ajuda em algumas madrugadas, quando consigo acordá-lo depois de minutos quase gritando o nome dele e dando chutes, ele acorda e troca uma fralda, põe pra arrotar, faz dormir.

Foco, força e fé pra amamentar
Amamentar é lindo e fácil nas novelas e na campanha da televisão. Claro, amamentar é lindo também na realidade e não tem nada melhor do que nosso bebezinho no colo olhando pra gente, tomando um leite produzido pelo nosso corpo, feito para nossa cria. Mas não é fácil pra quem tá começando. GENTE! Não é fácil! Não é à toa que vemos muitos casos de mães que desistiram, que falaram que não tinham leite, que falaram que o leite secou. Até a gente pegar o jeito, requer muita, muita, muita, muita, muita paciência. E no começo (esse começo vai até quantos meses, my God?) o bebê mama muito. A Alice, com quase 1 mês e meio, mama entre 1 e 2 horas de intervalo. Seja de dia, seja de noite, seja de madrugada. E às vezes no meio do mamá você tá com fome, com vontade de ir ao banheiro, com sono, com muito sono, extremamente com sono, com coceira nas costas, com vontade de andar, com vontade de ir numa festa, com vontade de tomar banho, com vontade de comer chocolate ou pastel de queijo e muuuuuita gordura. E sem falar que nem sempre o bebê tá se alimentando, às vezes ele tá "chupetando", como dizem e, por mais que você esteja cansada, é tããão bonitinho, que você aguenta lá uma meia hora de bebê fazendo seu peito de chupeta (aí vem lá os palpiteiros falarem: vai deixar ela manhosa, heim?).
E quando o pediatra diz que seu leite tá pouco, que você precisa descansar pra produção leiteira normalizar e sugere dar Nan pra complementar? Você se sente o fracasso em pessoa, chora, xinga pensando "mas que maldita hora eu tenho pra descansar se eu nunca mais dormi direito na minha vida??????????????" E com muito foco, muita força e muita fé você vai conseguindo recuperar energia, come melhor, bebe muita água e volta a curtir adoráveis momentos de amamentação... até surgir a próxima crise, o bebê impaciente no peito, o medo de não estar fazendo certo. E vai indo neste ciclo.

Foco, força e fé para se entregar
Se entregar para não saber mais o que é dia e o que é noite. Não ver mais diferença entre segunda e sexta-feira.
Se entregar para não ter descanso, em fim de semana.
Se entregar para cuidar, para permitir que uma vida cresça graças a você.
Se entregar para alimentar.
Se entregar para brincar e trocar fraldas em qualquer horário.
Se entregar para receber dores nos braços e nas costas de tanto carregar um bebê, porque você é contra deixar chorando.
Enfim, se entregar para este amor incondicional que vem junto com um pacote de inseguranças.

Talvez ainda pareça pouca coisa lendo este texto. Talvez ainda pareça ser mais difícil ganhar músculos ou perder o culote do que viver o que foi descrito neste texto (espere a ter ver a barriguinha pós parto, querida. HA HA HA). E talvez ou com certeza seja preconceito da minha parte, mas se você posta que é preciso ter #focoforcaefe para comer uma saladinha com pó misturado na água, você não é de nada.
Fim.

MA-RA-VI-LHO-SA!!

Muio #focoforcaefe nessa cosia linda!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Quanto tempo será que demora 1 mês pra passar?

Bom, depende. É um mês com ou sem um recém-nascido em casa? Se for sem, demora 30 dias, às vezes 31. Se for com, não demora. Ele voa durante 1 dia.
Isso mesmo, em casa com bebê novo 1 mês = 1 dia. Ontem mesmo ela nasceu e hoje já completa 1 mês.
Duvida? Arruma um bebezinho e me diga se não é verdade.

E como vai Alice neste primeiro mês de vida por aqui? Vai assim:
- Mama quando quer, no meu peito. Ou seja, all the time.
- Odeia chupeta. Só conseguiu ficar um bom tempo chupando uma única vez. De resto, cospe (fico até feliz com isso).
- Adooooooooooooora dormir no colo, seja de quem for. Coloca na cama, no moisés ou no carrinho pra você ver. Apenas 20 minutinhos de sono e depois uma bela cantoria de lágrimas estridentes.
- Adooooooooooooora dormir com movimento. Se colocar no carrinho e sair pra passear ela dorme. Chega em casa e deixa o carrinho parado, ela acorda. Coloca no bebê-conforto e sai pra dar voltinha de carro, ela dorme. Para o carro, ela acorda.
- Mas ultimamente tem dormido um pouco melhor, o que me possibilitou voltar a ler blogs e escrever alguns posts.
- Há 6 dias estava com 4 quilos. Só vou pesar de novo daqui 2 dias, então não sei seu peso e nem sua medida.
- Me vê e pensa: leite, leite, leite!!!
- Me deu 3 sorrisos olho no olho!
- Teve cólicas fortes durante 1 semana. Agora melhorou, quase não tem mais. Deve ser as gotinhas homeopáticas e o fato de eu estar menos ansiosa também.
- Já tomou banho no chuveiro comigo e o papai.
- Já tomou banho no balde 2 vezes.
- Resmunga pra tudo. Pra arrotar, pra trocar de roupa, dormindo, pra tudo mesmo.
- Faz um som parecido com o de um carneirinho.
- Olha tudo em volta e adora uma zebrinha que fica no carrinho. É totalmente observadora.
- Faz sons engraçados e adora ficar falando: é, é, é.
- De noite, dorme no esquema cama compartilhada comigo e seu papai.
- É boazinha, mas não deixa ela sentir fome... LÁGRIMAS BEM ESTRIDENTES!

E como vai a mamãe aqui neste 1 mês? Vai assim:
- Pernas sem depilar, unhas acabadas. Tipo, uma perna começada a depilar e uma mão de unhas curtas e outra de unhas grandes.
- Olheiras e mais olheiras. 
- Ontem não tomei banho. Era aproveitar para dormir ou tomar banho  (desculpa Marco Túlio. Mas se bem que a gente nem anda se encostando direito... aposto que você não percebeu).
- Optei por amamentar em Livre Demanda, o que não é fácil. E dar exclusivamente meu peito e nada mais, requer paciência, ainda mais para uma mãe de primeira viagem. Então vivemos entre tapas e beijos, principalmente de madrugada e na hora de arrotar, que ela costuma acordar.
- Conto com a fundamental ajuda do papai Marco Túlio, que me salva em alguns sonos fortes das madrugadas, trocando fraldas, pondo pra arrotar e ninando até ela dormir.
- Minha memória acabou de vez. E também acho que não ando escrevendo bem... às vezes leio o que escrevi e vejo que não sei mais usar as palavras e repito palavras demais em um parágrafo.
- Colocar a Alice para arrotar é um dos maiores desafios da amamentação. Ela não gosta, se contorce, resmunga e eu, às vezes já sem paciência, a coloco para dormir sem arroto. Claro, sofro as consequencias na maioria das vezes, quando logo depois de 1 minuto ela acorda resmungando ou regurgitando.
- Aprendo a cada dia que não dá para sermos perfeitas. Por exemplo, com os bebês dos outros, eu era a entendedora master de bebês! Até fazia dormir quando via um pai cansado e pensava "nossa, como o próprio pai e a mãe não fazem o bebê dormir? É tão simples!". TAPA NA MINHA CARA. Tenho minha bebê e quando ela arregala os olhões 3 da madruga e fica inquieta no eu peito dando cabeçada eu choro e penso: "O que eu fiz de errado?" "Por que? Por que? Eu só quero dormir!" E então começo a ter inúmeras religiões: "Meu Deus, me ajuda" "Espíritos de luz, me ajudem", "Buda, traga sua paz para essa menina, peloamordedeusnossasenhoradaabadiaaaaaaaaaaaa" E começo a me culpar: "Sou péssima, eu achava que nasci para ser mãe, mas não!" "Por que fui colocar um filho no mundo se não dou conta?" "Por que todas sabem colocar pra arrotar e eu não?" "Por que eu quero dar mamadeira pra ver ela capotar de sono? Sou péssima!" E faço promessas: "Se ela dormir bem daqui pra frente, em 7 dias corto meu cabelo bem curtinho".
- Não sei se quero dar chupeta pra ela. No meu desespero eu ofereço, mas ela cospe, grita, joga fora. Durante o dia, eu já mais renovada depois de nosso cochilo da manhã, vejo aquela coisinha maravilhosa no meu peito e me sinto foda, MEEEEEEEEEEU peito a acalma, a alimenta, a conforta, sou demais!
- E pra finalizar, parei de julgar qualquer mãe por aí. Parei. Beijos e desculpem os erros por aí, pois não ando tendo tempo de revisar os textos.





Fotinhas by papai e mamãe.



segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Para Alice

Para: Alice

Alice, sou eu, sua mãe Carol, aqui te escrevendo. 
Você não tem ideia do quanto te desejei... desde minha infância. E hoje com você aqui e mesmo com tantas teorias lidas minha vida toda sobre como cuidar de bebês, eu me sinto ainda perdida. Já comentei que você é tipo um sonho realizado, algo tão bom que não dá para acreditar que eu consegui ter.
Desde sempre eu te quis. Quis tanto que você veio rápido, escapulida, de surpresa, mas muito desejada. Após o susto, todos por aqui quiseram logo te conhecer e fizeram de tudo do bom e do melhor para te receber. Todos te queriam também, parece.
Acho que me lembro do dia que decidi seu nome. Seu nome é o mesmo da sua tataravó, a Dona Alice. Ela foi uma mulher que sofreu e que venceu. E seu nome é o nome da personagem da história Alice no País das Maravilhas. Garotinha curiosa que vive uma aventura bem fantasiosa. Juntou tudo e um dia, há mais de 10 anos eu acho, como um insight, eu pensei: minha filha vai se chamar Alice. Capaz que já era você me avisando, né?
E nesse tempo, tive alguns (só 2) namoros sérios e eu sempre dizia:quando eu tiver uma filha, vai se chamar Alice. Inclusive houve riscos de você existir nas épocas, mas você, um tanto esperta, já havia escolhido também seu pai.  E quando eu o conheci, mesmo antes de ter um "caso" com ele, eu senti: é este! Foi estranho, mas eu senti isso ao avistar um carinha desconhecido ali no corredor de uma faculdade, sem nem falar um oizinho. 
Dito e feito. Guardei segredo sobre isso, fingi que eu não tinha sentido que era a hora, que era o cara, tentei ignorar, mas não adianta, era a hora e você veio. Minha vida mudou completamente.

Eu te olho e me vejo. Eu te olho e me sinto. Te olho dormindo e vejo a perfeição. A gente se olha e tudo some. Não há cheirinho melhor que o seu.
Estou bem cansada, mas tenho algo para lhe dizer: obrigada por existir. Há tempos te esperei por aqui. Vamos indo, que estamos conseguindo.

Um beijo, 
mamãe.





sexta-feira, 27 de setembro de 2013

25 dias de Alice

As coisas estão começando a ficar um pouco melhor.
Resolvi aceitar a ajuda da minha mãe pra praticamente tudo e assim eu descansar mais. Ainda mais agora que as férias do Marco Tùlio acabaram.
Alice de dia não é muito de dormir. Dorme melhor de noite, então, é bom ter alguém pra colocá-la para arrotar enquanto eu mato minha vontade apertada de fazer xixi.
Resolvi me esquecer do chão da cozinha sujo, da louça que não está lavada por completo e de uma leve bagunça na casa. Deixo isso para a diarista que vai uma vez na semana.
Agora também consigo tirar uma soneca de tarde, aproveitando uma das dormidas da Baby depois do almoço. Antes eu estava tão elétrica que não conseguia. Mas o sono das mamadas de madrugada ainda é forte. E agora é rotina eu ver o dia amanhecer com ela no peito.

Como eu estou mais descansada, agora consigo curtir mais toda a parte boa. Curtir os chorinhos, em vez de quase ficar doida pensando "tá chorando de novo???", curtir mais as caretinhas, os arrotos, os puns, as mamadas com mais calma. O estresse pós-parto estava tanto que meu leite quis sumir. Mas comecei com medicação homeopática, o que me ajudou a descansar mais também, e tudo indica que a produção leiteira se normalizou.

Sobre o parto, já não me machuca tanto mais lembrar dele. Agora já falo melhor sem ter vontade de chorar ou ficar angustiada.

Começo a aceitar melhor a nova vida, sem susto. É como se fosse assim: você sempre quis ganhar na Mega Sena, aí você ganha e vê aquele taaaaaaaaaaaanto de dinheiro do dia pra noite na sua vida. E agora?? O que fazer com todo esse dinheiro??? Por onde começar?? E se me roubarem??? Eu merecia mesmo ter ganhado??? Será que eu mesma ganhei, não tem nada errado?

Eu sempre sonhei em ser mãe, em engravidar, em ter minha Alice. Aí eu consegui. Pra mim, foi como se eu tivesse ganhado na Mega Sena, ou bem melhor que isso.

E não dá pra explicar o que a gente sente por nossos bebês. A vida sem ela agora não faz mais sentido.

25 dias de Alice:
- Perto do seu primeiro mês, mama bastante.
- No desespero chegaram a receitar Nan, mas ela não quis. Vomitava e cuspia.
- Cabecinha bem firme.
- Tá dormindo comigo e com Marco Túlio.
- No colo, dorme durante horas. No moisés ou no carrinho, dorme no máximo 30 minutos.
- Cólicas marcando presença, tadinha. Sorte que não é o dia todo.
- Enche as fraldas do dia e a madrugada toda.
- MUITO observadora. Preciso arrumar mais brinquedinhos pra ela se distrair.
- No carrinho dorme bem, se ele estiver em movimento.
- Seu apelido lá em casa: maravilhosa.

E eu estou adorando as dicas que tenho recebido nos comentários, as palavras de ajuda. Essa vida de blog é boa mesmo!

Fotinhas:
                                                  O pai foi trabalhar. Cama toda nossa. Êta paixão!

                                                                  Hora do lanche ;)


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Após o parto o que nos espera?

Muito se fala de todo o lado maravilhoso da maternidade. São tantas fotos lindas em anúncios, tanta fofura em novelas que muitas vezes a realidade é esquecida. Bom que hoje já está bem comum falarmos do outro lado, o lado difícil, sofrido e cansativo, sem sermos apedrejadas. E neste texto quero falar deste lado.

Assim que entrei no quarto do hospital, após a cesárea (infelizmente me deixaram sem saída após 12 horas de trabalho de parto e, sem apoio médico, me restou a cesárea. Talvez tem texto sobre isso), eu comecei a acordar, pois fiquei desacordada na cirurgia. E fiquei em outro planeta até uns 4 dias depois de Alice nascer. Foi tudo tão intenso e cansativo, que não me lembro de muita coisa. Lembro de algumas visitas, de eu parecer bem ainda, falar muito, contar do parto, mas na verdade era uma outra Carol, parece. Aí, depois desses 4 dias, a realidade: saí de casa com um barrigão e voltei com um bebê, ou seja, tudo mudou do dia para a noite. Tudo. Talvez tenha sido o famoso Baby Blues, mas passei um período de quase duas semanas chorando escondida - ou não - o tempo todo por tudo quanto é canto. Por que eu chorava? Não sei bem. Era por saudade da barriga, era por ver um serzinho tão frágil em minhas mãos e dependente de mim, era por sono, era por dor da cirurgia que eu não queria, era por saudade do namorado, já que a gente nem tinha muito tempo para se curtir, era de felicidade, era de tristeza, era por de repente depender de tanta gente pra tudo, até pra pegar um lenço que caía no chão, era por ter que dar atenção à visitas, era por saber que agora minha vida seria outra, era pela forma ruim como fui tratada durante o trabalho de parto no hospital, era por não conseguir mais dar atenção às minhas cachorrinhas, era por muita coisa! Um sofrimento que parecia que nunca ia passar. Era medo do pior acontecer a qualquer momento. Tive pesadelos durante as breves dormidas que eu conseguida dar. Pesadelos terríveis. Fiquei exausta. E não sou de demonstrar ou pedir ajuda, então meu cansaço mental foi terrível. E agora estou tendo um pouco do reflexo físico disso tudo, apesar de eu ter melhorado um pouco.

Assim que eu peguei a Alice pela primeira vez (na verdade não peguei, pedi para colocá-a do meu lado, já que eu não podia sentar) eu não entendi ainda que ela era que me habitava. Quando enfim eu pude pegá-la, já vi que eu daria conta do recado, que era aquilo mesmo que eu sempre quis. Mas as fortes emoções tomaram conta e é como se você vivesse em dupla personalidade: a mãe forte e a mãe frágil. O tempo todo esse conflito na sua cabeça.
Enquanto todos babam na neném, falam que amam, pegam sua filha, levam para um canto e ficam felizes, você não sabe o que sentir: "me dá minha filha" ou "que lindo gostarem da minha filha!"

Tem que ter preparo e durante a gravidez não costumamos nos prepara pra isso.

Agora estou numa fase de ansiedade e, claro, comecei a passar essa ansiedade para a Alice. Mas estamos indo bem. No geral, agora após 3 semanas, são mais momentos de divertimento do que de sofrimento.

A gente vai aprendendo aos poucos. Não podemos nos entregar. Quem consegue pedir por ajuda, por abraço, por apoio peça. Quem não consegue, como eu, seja forte.
Vai dar tudo certo!

Quem foi que disse que seria fácil? Ainda bem que não é! ;)

MINHA lindinha depois de um belo banho.






quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Alice, 17 dias de vida aqui fora e uma mãe zumbi

Estou zumbi. Completamente zumbi.
Me olho no espelho, vejo um corpo recém parido (quem já pariu sabe que eu tô falando daquela barriguinha) e uma cara com olheiras vermelhas. Horrível, horrível.

Hoje eu quis desesperar. A menininha que chegou em casa acordando de 3 em 3 horas para mamar, toda reloginho bonitinha, de repente passou a acordar de hora em hora e, vejam só, tem vez que dorme só 50 minutos! Resultado: tô morrendo. Tô emagrecendo (menos a barriguinha, claro), tô chorando de sono, tô tendo pesadelos, tô sem comer direito, sem ir ao banheiro direito... mas água ando bebendo que é uma beleza!

Decidi dar só meu peito pra Alice. Meu leite desceu rápido, logo no terceiro dia, e veio muito! Primeira semana e meia com seios empedrando. Fiz muita massagem, ordenhei com a mão e consegui arrumar. O bico não feriu. Lutei contra o sono e Alice, que nasceu com 3.350kg e saiu do hospital com 3.125kg, em uma semana já estava pesando 3.400kg! Me falaram que ela ia perder, mas em uma semana ela passou seu peso de nascimento.

E mama demais essa menina! Dar de mamar é lindo! Uhu! Mas... existe vida além de amamentar mesmo?
Pesamos Alice essa semana, e já está com 3.600kg. Bochechas, dobrinhas, toda fofinha.

E voltando ao assunto dela estar acordando de hora em hora. Tudo começou há uma semana, eu acho. Chegou em minha cidade um calor TERRÍVEEEEEEEEEEEEEEEEEELLLLLLLLLLL!!!!!!!!!!!!! E com ele a minha bebê começou  a ficar inquieta. Nervosa. Suando pra mamar. E eu também. Foi com esse calor que ela começou a acordar de hora em hora. E acordar nervosa, enfiando as mãozinhas loucamente na boca. Agarrando o peito forte. Será cólica? Será falta de leite? Ah... com tanto sono, confesso que não estive amamentando direito nas madrugadas. Comecei a dormir enquanto ela mamava (sem deixá-la cair no chão). Não insisti tanto para ela terminar o peito. Nem ela. Muito calor. E agora?

Aí choveu e refrescou. Oba! Tudo vai melhorar. Não, não. Continua acordando nervosa. Encolhe as perninhas, chora sofrido. Mas logo pára de chorar, é só colocar no peito que tudo se resolve.

Resolvo voltar na pediatra. Na primeira consulta a pediatra me perguntou se eu era psicóloga, porque eu não tinha dúvida nenhuma. Eu e Marco Túlio estávamos tããão calmos para pais de primeira viagem que a Dra. gritou: perguntem!! perguntem!!

Aí, ok, então voltei pra perguntar (pedir por um milagre). Por que, dra. Por que ela não dorme?
Dra. sugeriu um complemento, leite em pó. Meu coração doeu. Não, eu acordo, ainda tô forte. Me passa só remedinho pra cólica. Ok. Homeopatia. Gostei. Deu cólica, dá 5 gotinhas.

Legal durante o dia. Mas de madrugada, meu Deus, como faço?? É muito sono. Estou tonta, minha cabeça dói, quase caí no chão quando levantei, socorro. Parece que funcionou na primeira noite. E só.

Alice saiu pra passear e ficou o tempo todo no meu colo e no colo do pai. Adivinhem: dormiu este tempo todo.

Minha bebê só quer colo e eu preocupada demais com visitas, com casa, roupas na máquina, louça, ajuda dos outros, com cachorras, com meu sono, quis desesperar.

Só que eu preciso me recuperar. Dormir enquanto ela dorme, me forçar a me alimentar direito, esquecer do meu parto. PRECISO. Não quero ficar refém de um complemento se eu tenho leite suficiente.

Vamo lá, Carolina, força!
Alice bravinha, dormindo no seu primeiro dia aqui fora

Agora com 17 dias, mamando agorinha.



terça-feira, 10 de setembro de 2013

Alice nasceu!

Foi só eu postar num domingo meu desespero por arrumar o que fazer, que na segunda a Alice nasceu.
Alice nasceu no dia 2/9/13, às 23:40.
Sumi, mas voltarei, pois há muito o que falar. E penso em fazer um relato do parto - ou não - assim que eu me recuperar (psicologicamente abalada).

E o bom de ter sumido é que vejo que muitas blogueiras também pariram!


Beijos

domingo, 1 de setembro de 2013

39 semanas. PRECISO TER ALGO PARA FAZER DURANTE O DIA!

Tô nessa:
- Já pensou se a Alice vai vir é com 42 semanas???????

- Dores no pé da barriga e nos ossos da perereca cada vez maiores.

- Sono aumentando.

- Pressão deu uma subida, mas dentro do normal. É porque sobe mesmo no final.

- Inventei de caminhar. Com muito custo, ando em torno de meio quarteirão.

- Estômago todo espremido ao dormir.

- Acordo de madrugada, fora as levantadas para fazer xixi, em torno das 5 da manhã, fico sentada um pouco, mexo no celular, olho a lua, seguro a fome e durmo de novo até a hora de acordar e poder tomar café da manhã.

- Algumas cólicas mais fortes de madrugada, mas que passam quando faço xixi.

- Contrações demoradas e mais frequentes o dia todo, mas sem dor. Então continuam sendo as de treinamento. Se elas estão ficando mais frequentes e demoradas é porque a hora se aproxima?

- Alice parece não gostar quando encosta/apoia nada na barriga. Por exemplo, quando estou lavando a louça é impossível não encostar a barriga na pia, aí ela dá um empurrão. Se apoio a mão na barriga, ela dá um empurrão. E é forte. Ela podia dar esse empurrão na hora de nascer, pra facilitar, né?

- Estou bem mais cansada.

- Agora as pessoas me olham na rua e perguntam: 9 meses, já? Antes perguntavam: tá de quantos meses?

- Estou mais apegada com minha barriga. Adoro colocar as roupas e ver que ela tá grandona, estufadona. Parece que é uma parte do sonho realizado mesmo. Eu sempre quis me ver assim.

- Já não tenho mais roupas que servem sem ficar totalmente justas.

- Celulites para dar e vender.

- Muitas veias aparecendo na barriga. Acho que se a pele esticar mais, dá pra ver dentro da barriga.

- Não parece mais que minha barriga vai explodir. Parece que ela vai rasgar.

- Desatenta demais.

- Desastrada demais.

- Calor.

- Falta de ar.

- Alice adora revezar os lados da barriga. Então agora minha barriga fica de formatos diferentes.


- E agora é pensar em coisas pra fazer, caso eu tenha aí mais algumas semanas pela frente. O que uma grávida que mal anda, respira, não tem muita concentração (não consigo ver filmes) e sente sono forte pode fazer para passar o tempo? ME AJUDEEEEEMMMMMMMMMMM!!!!! 

Minha vó, Minha mãe, Eu e Alice completando 38 semanas.

Antes da caminhada. Alice com 38 semanas e meia.

Atleta pronta para andar meio quarteirão!!!! Uhu!!!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

38 semanas, tamanho de uma jaca e a pergunta: MAS CADÊ A ALICE???

Bem, vamos lá! Semana passada fiz um ultrassom de 37 semanas e 4 dias. Alice estava pesando 3,270kg, medindo quase 50 cm, não estava encaixada, mexeu o tempo todo e placenta indo de grau 2 para 3 (o último grau é o 3°). Ou seja, Alice está grandinha, gordinha, muito bem aqui dentro e manda chutinhos.

Se mãe realmente tem instinto, o meu deve estar certo, porque durante toda a gestação eu não apresentei muita ansiedade, estive calma, só arrumei a malinha sexta passada com a ajuda de uma amiga – Cris - e de uma lista de outra amiga – Régia - (se não fossem as ajudas, capaz que não teria malinha, porque eu olhava pras roupinhas e pensava: mas como arrumar tudo isso? Hahahaha). E todos os meus momentos de ansiedade foram ocasionados por pegar a ansiedade dos outros, nunca por vontade própria. E essa é Alice, quanto mais as pessoas sonham com ela nascendo e desejando tal fato, menos a Alice quer nascer. Ou seja, a Alice é realmente minha filha e do Marco Túlio por dois motivos: ser do contra (no caso, pegou isso de mim) e ser preguiçosa (pegou isso do pai). E esses dois fatos concluem o mais importante: ESTÁ TUDO NORMAL, já que uma gestação pode ir até 40 semanas e quem sabe 42!

Então vamos aos medos: ó, fulana esperou demais e o bebê comeu cocô + Fulana esperou demais e o bebê era tão grande que rasgou ela = CULTURA BRASILEIRA POR CESÁREA DESNECESSÁREA. Não culpo ninguém, eu mesma já tive esses medos antes de engravidar e estudar melhor esta fase. É nossa cultura. Tirar a coragem, o poder de parir da mulher, para colocá-la em uma cesárea que pode ser bem desnecessária. Não vou dar aulas aqui, basta um Google para os ansiosos de plantão verem que o risco de complicações em cesárea é MAIOR do que em partos normais, que 38 semanas de gravidez são mais do que normais, que bebê encaixa e desencaixa, que a ansiedade não leva a nada, que cesárea é ótima e salva vidas sim, mas quando PRECISO.

“Mas tem gente que trabalhou até na véspera do parto. Você já saiu do trabalho há 15 dias e nada! “
Sim, cada caso é um caso. Minha médica conversou comigo e por causa de muitas dores que tenho sentido (NORMAIS, dores NORMAIS), por causa de muita falta de ar, de canseira só de levantar e sentar, entre outros motivos mais íntimos/pessoais que não relatarei, foi melhor optar por eu estar em casa, mais de repouso, arrumando as coisas dela e longe de olhares pelos corredores do tipo: Carol, você é doida, vai nascer aqui no trabalho a qualquer momento (pior que fiquei tão apegada ao meu local de trabalho nos últimos dias, que se ela nascesse lá, seria bem legal e emocionante pra mim. Gente, vou voltar só pra deixar vocês com mais medo ainda!). E não, não sou tão radical. Ao primeiro sinal de algum problema sério, encaro a cesárea.

E agora, para os que sempre perguntam “A Alice nasceu?”. Minha resposta: uai, acho que não, vocês estão vendo ela por aí?

Eu, Carolina Pereira Marques, optei por um parto com PRIVACIDADE, seja ele qual for. Parir, na MINHA opinião, é algo íntimo. Como fazer filhos. Não chamei ninguém para filmar o dia em que a Alice foi feita ou para esperar do lado de fora enquanto ela era concebida (se bem que isso seria impossível, já que eu não que dia foi esse). Eu não quero ninguém em janelinhas com câmeras fotográficas cheia de flashes filmando a saída dela de dentro de mim, seja por onde for, postando fotos no Facebook. Eu não quero ninguém, fora eu e Marco Túlio e médicos, pegando a Alice em suas primeiras horas de vida. Egoísta? Não. Apenas respeito um bebê que mal saiu do seu cantinho quente e seguro e respeito a mim mesma, que passou pro todo um processo de parto e deseja calma e paz. SIMPLES. Sejam bem vindos ao meu modo de pensar.

E então, depois que ela nascer e nós duas nos recompormos, claro que vou querer mostrá-la para o mundo todo, vou querer que a peguem no colo, vou ter orgulho dela, vão todos ficar sabendo! Vou ligar, vou avisar, vou postar no Face, Instagram, no Blog e aí quero ver quem vai aguentar tanta foto. Vou adorar receber visitas, ajudas e etc. Se eu não quisesse compartilhar deste momento, não teriam tantas fotos da gravidez por aí e nem este blog. O nascimento dela não é segredo, gente. Como poderia ser?
E agora me ajudem: como avisar para pessoas tão ansiosas que ligam todo dia e perguntam se ela nasceu e que passam na porta da minha casa só pra ver se o carro está na garagem, que eu estou em trabalho de parto, indo para o hospital? Vão me enviar energias positivas ou vão ficar surtando por eu preferir ficar somente com o pai da Baby Fruta Jaca? Vão rezar por mim ou vão ficar morrendo de loucura e nervosismo com câmeras nas mãos pela menina que não nasce logo?

Finalizo este texto/desabafo com 4 links simples para quem talvez ainda não acredite em mim e ache que não está tudo bem:


E algumas fotos:

Olhaí eu começando a ficar inchada com um quadro do meu passado ao fundo. 

sábado, 17 de agosto de 2013

O quartinho e o Chá da Alice (muitas fotos)

Eu nunca fui muito de entender de decoração, de gostar do assunto, de deixar meu quarto arrumado, de combinar as coisas. Aí, quando foi a hora de pensar no quartinho da bebê eu não consegui pensar em nada. Para mim, eu queria tudo do mais básico e simples, até porque ela mesma vai demorar muito pra entender de quartinho. Aí o tempo foi passando e a mãe do meu namorado se ofereceu para dar os móveis do quarto. O que eu pensei era apenas em: berço, cômoda e guarda-roupas, tudo branco. Quis correr do rosa e quando fui imaginar uma cor, só vinha vermelho e branco, nada mais. Por coincidência, a cadeira de amamentação que minha vó deu, herança de família há mais de, sei lá, 80 anos, é vermelha. Então tava decidido, seria tudo vermelho e branco. Eu quis também uma cama de solteiro, que era minha e uma estante, que também era minha. Pronto, os móveis ficaram decididos.

E qual seria então o tema do quartinho? Eu sei lá! Deixa a menina crescer e ela mesma escolhe, não? Mas tanto minha família quanto a família do meu namorado tem artistas e a mãe dele novamente se ofereceu para FAZER as coisas e quis dar tudo: kit berço, cortina, manta, colcha, almofadas, trocador, etc... tudo feito por ela. Então eu aceitei, porque para a Alice vai ter um significado, já que foi tudo feito à mão pela sua avó paterna, e eu bem sei que a gente gosta dessas coisas que fazem pra gente. Aí pensamos em bolinhas e laços e o resultado ficou lindo, eu não imaginaria nunca algo do jeito que ficou. Gostei bastante! (e acabei mudando um pouco o layout do blog, usando como plano de fundo uma foto da estampa da colcha de retalhos que ela fez)

Alguns outros detalhes que ainda não estão prontos pedi para meu pai fazer. E como o quartinho ficou sem uma regra de temas padrões, eu e meu namorado ficamos invocados em alguns bichinhos e ele desenhou uma árvore para adesivar na parede e uma girafinha feliz para a garrafa térmica. Nisso, minha avó fez o cortinado do berço, capas de almofada para amamentação, meu irmão um cabideiro de aço e eu mandei imprimir o adesivo da garrafinha térmica e a árvore no meu local de trabalho (lá temos uma máquina própria para isso). Juntamos tudo e o resultado do quartinho quase pronto vocês podem ver nas fotinhas abaixo (para ver maior, só clicar nelas):


Cama com a colcha, as almofadas, a girafinha que o namorado comprou e a colcha de retalhos.

Detalhe das almofadas

Mais detalhes

O trocador na cômoda, a garrafinha térmica adesivada e o cabideiro feito pelo meu irmão

Detalhes.

Cabideiro com uns cabidinhos que eu comprei e roupinhas dadas por amigas

O trocador


Porta fraldas na minha estante antiga

Zebrinha

O berço com o cortinado feito pela minha avó, o restante pela mãe do meu namorado e a árvore desenhada por ele e impressa e adesivada pela Agência Decio (onde trabalho)

Mais do berço

Coisinhas de berço

Bala da Alice

Cortina fechada e cadeira de amamentação


Cortina aberta

Mais da linda colcha de retalhos

Mudando de assunto (o post tá grande, mas tem muitas fotos!), eu também não fiquei animada para fazer Chá de Bebê. Não sabia pensar em nada, tinha preguiça e não queria gastar. Mas então, minha mãe resolveu organizar um pra mim e, mais uma vez, fui surpreendida com coisas lindas! E agora até acho bem ideal fazer chás de bebês, porque a gente ganha MUITA coisa, principalmente quando chamam as "tias" das famílias hahaha. Mais ideal ainda quando organizam um pra gente. Então minha mãe botou a "mão na massa" e fez um bolo de fraldas, também nas cores vermelho e branco e comprou lembrancinhas. Meu pai fez o nome ALICE com MDF, papel e mais um trabalho com tintas. Vou querer colocá-lo no quartinho dela, mas ainda não sei onde! E o bolo de fraldas fez tanto sucesso que ainda não tive coragem de desmontá-lo e eu o usei em mais um mini-chá, onde vieram minhas colegas de trabalho. Mais fotos:
O bolo com lembrancinhas

O nome

Detalhes




E assim termino este post. Enquanto eu e o meu namorado Marco Túlio ficamos responsáveis pela fabricação da Alice, o restante dos artistas da família capricharam em tudo! Até vou arriscar falar aqui uma coisa: quem quiser encomendar, só me procurar! (desculpem, sou Publicitária, sabe como é.. e ficou tudo tão lindo que deu vontade de investir neste universo materno). Obrigada à Vó Ana (mãe do namorado, ou minha sogra, como preferirem) por todo o enxoval do quartinho; obrigada à Bisa Helê (minha avó materna) pelas toalhas, babadores, cortinado, fraldas de pano e roupas de cama; obrigada ao Tio Vitor (meu irmão) pelo cabideiro em aço, sucesso pra você; obrigada à Vó Bel (minha mãe ou sogra do meu namorado, como preferirem) por ter feito o Chá de Bebê e providenciado também com suas mãos tudo que ficou lindo; obrigada ao Vô Wadim (meu pai, ou sogro do Marco Túlio, como preferirem) pelo nome Alice e pelo Kit higiene que ainda está em produção.

beijos!